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Para Além da Identidade - da resistência à política

R$ 50,00
Código: 44
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Descrição do produto

'A obra de Douglas Alves traz uma importante contribuição para refletirmos sobre o que é a identidade no
mundo concreto das lutas sociais e na vida das pessoas. A luta de classes é compreendida como algo que envolve indivíduos de carne e osso, identficados historicamente pelo colonialismo e pelo capitalismo com a marcação de suas características anatômicas, biológicas e de cor da pele – ferramentas legitimadoras de níveis diferenciados de exploração e opressão. A invenção da categoria “raça” (branca, negra, indígena) foi essencial para garantir a escravidão de africanos e o extermínio de povos originários, e, também, a categoria “mulher” foi fundamental na subjugação das mulheres e das sexualidades dissidentes.
Para que a máquina de moer gente – chamada capitalismo – possa funcionar e gerar lucro aos de cima, não há como prescindir o racismo e o patriarcado heterossexual e cisgênero, uma vez que são decisivos para estabelecer a reprodução social do trabalho e do capital. Mas: como usar as identidades, e sua política, a favor das lutas de emancipação e superação daquilo que nos oprime? Como não nos fragmentar, e, assim, interditar as chances de coalizão entre populações precarizadas, perseguidas, exploradas e discriminadas, para quem a burguesia branca do capitalismo central se constitui como um explorador em comum? Como formar uma política de identidade pautada na experiência, como algo relacional, conforme nos alerta a socióloga indiana Avtar Brah e, também, Angela Davis, para nos afastar de essencialismos e coisas imutáveis e imanentes, que atrapalham a emancipação coletiva?
Deixo aqui esse convite à leitura.'
Carolina Iara
Codeputada pela Bancada Feminista do PSOL em São Paulo na ALESP

'O livro de Douglas Alves mune-se da tradição dialética marxista para atravessar os permeios da questão da identidade na sociabilidade capitalista. Localiza, com extensividade e profundidade, os mecanismos de diferenciação sexual, racial e de gênero no processo de despossessão material dos indivíduos. Para desfiar os processos de atribuição de valor à existência dos seres humanos, comprimidos constantemente pelas formas dominantes da particularidade e da universalidade, o trajeto do livro é fluente e rigoroso. Transita da aparência à essência, da alienação ao fetiche, da parte ao todo. Revela como, no capitalismo, a subordinação de toda espécie – opressão, exploração, dominação – é mediada pelas representações. Realça, ao mesmo tempo, como a inversão revolucionária das identidades dominantes depende também de mediações, de um conjunto de momentos particulares que façam emergir a consciência política da totalidade. Não sendo bastante, ainda coteja criticamente as elaborações e desdobramentos do pensamento pós-estruturalista para configurar as potencialidades próprias de um marxismo afinado com seu tempo: imperecível no método, arejado pelo presente e suas lutas.
É preciso lembrar que esse presente, que é marcado por uma crise do capital (que produz mais e mais degradações das condições de vida da maioria dos seres humanos, extorquidos por diferenciações excludentes de toda ordem), cada vez mais lança mão de representações que inculcam falsas promessas de integração para salvar a si mesmo.
O livro, sem dúvida, integra este batalhão prático-teórico do anticapitalismo do século XXI.'
Carolina Freitas

Sobre o Autor:

Douglas Santos Alves é mestre em Ciência Política pela UNICAMP, doutor em Ciência Política pela UFRGS e professor no curso de Ciências Sociais da UFFS - campus Erechim. Militante
socialista há duas décadas e ativista e pesquisador do movimento LGBTQIA+ está atualmente filiado no PSOL.

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