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As últimas crises confirmam que os limites históricos do capitalismo estão mais estreitos. Esses limites não foram, não são, não poderiam ser fixos. Eles resultam de uma luta política e social. Quando uma ordem econômica, social e política revela incapacidade para realizar mudanças por métodos de negociação, concertação ou reformas, as forças sociais interessadas em resolver a crise de forma progressiva recorrem aos métodos da revolução para impor a satisfação de suas reivindicações. A história, contudo, não é sujeito, mas processo. O seu conteúdo é uma luta. Essa luta assume variadas intensidades. Todas as revoluções contemporâneas tiveram uma dinâmica anticapitalista, maior ou menor, mas não foram todas revoluções, socialmente, proletárias. Entender essa realidade e se adaptar às mudanças exige olhar novamente para o passado, buscar padrões e novas chaves de compreensão. Mas exige também manter os olhos no presente, sem perder o foco em analogias, sem apagar as especificidades e o novo que existe no presente. E é preciso fazer tudo isso enquanto o martelo da História golpeia tudo e todos impiedosamente, quebrando o velho e inapto. Este livro pretende ser mais um apoio a este debate.